quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Os doutores de chuteiras novamente

Nem bem acabei de escrever sobre a falha que o Corinthians ia cometendo ao relacionar quatro estrangeiros na súmula da partida contra o Bahia, agora é a vez dos adversários temidos pela volta ao passado tentar escalar doutores para conseguir os pontos que não conseguem no campo de jogo.

São situações distintas. A do Corinthians nem chegou a concretizar-se graças a algum jornalista atento que fez o alerta geral e permitiu ao nosso supervisor Saulo Magalhães refazer a súmula cortando dela o China da Fiel, Zizao. O fato que agora ocorre, sequer envolve o Corinthians, mas como disse um dos nossos maiores rivais, o Palmeiras, que tenta anular a partida em que foi derrotado para o Internacional de Porto Alegre, por 2 a 1.

A verdade é que movidos pelo desespero e também aproveitando para desviar o foco das reais responsáveis pela situação em que se encontram, resolveram pedir junto ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) a anulação do jogo. Com certeza estão dentro da Lei que é regida pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Devem ter feito o recurso até 48 horas após a publicação da súmula, devem ter encaminhado o pedido ao presidente do referido tribunal e, principalmente juntado as provas.

O presidente do Tribunal por sua vez, seguindo o ritual jurídico deve ter analisado os fatos e encaminhado o processo para apuração, a partir de onde as partes tem prazos para se manifestarem e demonstrarem a sua razão, muito mais que o seu interesse.

Toda a questão gira em torno da anulação de um gol irregular, feito com a mão, pelo time palmeirense. Num primeiro momento o árbitro do jogo, Francisco Carlos Nascimento (AL) havia validado o gol. Mas foi removido da ideia ao ser orientado por alguém da equipe de arbitragem que era composta por Rodrigo Pereira Joia (RJ), Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ), Jean Pierre Gonçalves Lima (RS), Celio Amorim (SC), Evando Tiago Bender (SC) e Gerson Antonio Baluta.

A alegação para o pedido de anulação é a interferência externa na decisão do árbitro. Quem viu o lance e o desenrolar da situação e conhece um pouco das regras do futebol e da própria legislação desportiva fica com a certeza de que tudo não passa de uma cortina de fumaça. Os únicos que vão ganhar com isso são os membros do STJD, que mais uma vez terão os holofotes da mídia sobre si e os advogados das partes com os seus honorários. Para os torcedores do Palmeiras ficará mais uma humilhação. Já para nós... Para nós... Bem... Para nós

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Em tempo: a anulação de 11 jogos em 2005, que dizem favoreceu ao Corinthians, se deu pela comprovação através de provas do envolvimento, principalmente, do árbitro Edilson Pereira de Carvalho com esquemas de casas de apostas. Bem diferente do que ocorreu sábado, quando o árbitro apenas voltou atrás de uma interpretação. Como a partida ainda não havia sido reiniciada isso é completamente legal. Cabe ao árbitro consultar ou não seus auxiliares para a tomada de qualquer decisão relacionada às regras do jogo.


Ernesto Teixeira – A voz da Fiel

Torcedor corinthiano; sócio, intérprete e compositor da Gaviões (8.005); sócio do Corinthians (305.216); suplente a conselheiro do Corinthians; idealizador do Comitê de Preservação da Memória Corinthiana (CPMC); colaborador da Rádio Coringão;
Formado em Gestão Desportiva e de Lazer pela Faculdade Drummond


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