No próximo domingo estaremos diante mais uma vez da possibilidade do exercício do maior instrumento da democracia: o voto!
Para quem tem mais de três décadas de vida sabe quanto isso significa. Ter o direito de participar, poder se expressar e de certa forma decidir é algo como a propaganda de um produto do sistema financeiro: NÃO TEM PREÇO.
Não sou sociólogo, não tenho mestrado em ciências políticas ou muito menos qualquer curso que me habilite a querer interpretar tecnicamente questões ideológicas ou partidos políticos.
Tenho sim o meu senso de crítica, o meu modo de enxergar do mundo, de achar que o justo é isso ou aquilo.A meu ver toda a forma de esclarecimento é valida. Válido também é o direito de cada qual de querer ou não ser esclarecido.
A educação é o caminho para a evolução do ser humano.
A liberdade em sua essência, ir e vir, falar e ouvir, o direito de cada um termina quando começa o do próximo, são parâmetros simplistas que podem nos fazer entender se estamos ou não numa sociedade democrática.
Enquanto cidadão corinthiano, ligado a uma entidade, ligado a um clube, penso que a todos e deve ser oferecido o conteúdo de ideias e interesses ligados à política. Digo, a política pode sim estar presente na vida dessas organizações, como de fato está.
As entidades, enquanto movimentos de reunião de pessoas têm seus objetivos, seus ideais. É assim que elas surgem. Em uma visão utópica imagino que elas, e aí vou ser objetivo, as quais eu pertenço, a Gaviões e o Corinthians, não deveriam jamais se partidarizar. Devem sim, sou defensor dessa forma, politizarem-se, dando aos seus membros o acesso a todas as vertentes existentes no processo político, mas numa vias de mão dupla, permitindo a todas essas vertentes que também tenham acesso às seus componentes e às suas instalações.
O politizar que falo é defender a todo tempo as causas suprapartidárias, que estão acima de pessoas e partidos, mas incontestavelmente tem como objetivo o bem da maioria.
Não fui militante desse ou daquele grupo, não fui preso na época da ditadura, o muito que presenciei no início dos anos 80, quando uma situação de caos tomava conta da cidade e do país era ter que correr dos animais do batalhão de choque que patrulhavam o Centro dissipando qualquer tentativa de agrupamento de pessoas. E eles não perguntavam quem era de que movimento. Apenas vinham com seus cavalos gigantes e suas espadas em punho abrindo caminho.
Estive também em 1979, no jogo entre Corinthians e Santos, onde a Gaviões abriu a faixa pedindo ANISTIA, AMPLA, GERAL E IRRESTRITA. Vi membros serem interpelados.
Também acompanhei meu ídolo maior do futebol, o Sócrates, nos comícios pelas DIRETAS. Era eu um dos milhares no meio da massa no Anhangabaú ouvindo-o dizer que não deixaria o país se a emenda Dante de Oliveira passasse no Congresso Nacional.
Sendo assim finalizo esse meu texto dizendo que entendo que a sociedade evolui e que os métodos mudam. Mas por democracia entendo o direito igual para todos. Desta forma penso que as entidades, que com certeza não nasceram para serem partidos políticos, como a Gaviões ou o Corinthians, devam manter essa isenção na pessoalidade dos processos eleitorais.
Na eleição para presidente em 1990 foi feito convite a todos os candidatos para apresentarem seus planos na quadra da Gaviões. Nenhum se interessou.
Eu acredito nas pessoas. Existem as boas e as más. Os partidos são formados por elas. Hoje o que vejo é uma miscelânea de ideias que acabam transformando todos em iguais ou diferentes a cada instante. Cada qual é livre para fazer a sua escolha e se possível cobrar para que cumpram o que prometem!
Boa eleição para todos! Salve a Democracia! Viva a Democracia, em especial a Corinthiana!
Ernesto Teixeira – A voz da Fiel
Torcedor corinthiano; sócio, intérprete e compositor da Gaviões (8.005); sócio do Corinthians (305.216); suplente a conselheiro do Corinthians; idealizador do Comitê de Preservação da Memória Corinthiana (CPMC); colaborador da Rádio Coringão;
Torcedor corinthiano; sócio, intérprete e compositor da Gaviões (8.005); sócio do Corinthians (305.216); suplente a conselheiro do Corinthians; idealizador do Comitê de Preservação da Memória Corinthiana (CPMC); colaborador da Rádio Coringão;
Formado em Gestão Desportiva e de Lazer pela Faculdade Drummond
Excelente texto !
ResponderExcluirDá nojo ver Andrés Sanchez apoiando o Haddad, o pior ministro da Educação dos últimos tempos !
Democracia nada mais é que o poder emanado do povo, para o povo. Direito de exercer cidadania, direito ao voto, mesmo que obrigatório ( o que fere a "democracia").
ResponderExcluirPolitizar é preciso, partidarizar é uma opção, ser consciencial é obrigação...!