quinta-feira, 31 de maio de 2012

“EU SÓ APERTO O GATILHO, DEUS É QUEM DECIDE SOBRE A VIDA”


No mundo onde contemplamos as surpreendentes evoluções tecnológicas, mostrando a capacidade de criar do ser humano, me chama a atenção para a ganância cada vez maior do homem pelo bem material, em especial o vil metal.

Num universo onde os interesses e comportamentos são diversos baseados nas várias etnias, cada qual com sua cultura e suas crenças é difícil ter que aceitar que o homem destrua o próprio homem.

Das guerras da pré-história ao mundo moderno, com motivos diversos, mas sempre com os mesmos objetivos: dominar e possuir, ampliar riquezas e territórios; ao comportamento individual de alguns “papas” que habitam o nosso cotidiano.

Quis com esse preâmbulo demonstrar o espírito ganancioso do ser humano, que quanto mais tem, mais quer. Talvez isso valha para todos, em especial os mais sábios, que descobriram que viver não está naquilo que você acumula, mas naquilo que você recebe ou entrega para o meio em que vive.

Mas os “papas”, na gíria moderna os “Pica da Galaxia”, de determinadas áreas ou determinados momentos, se entregam quando diante daquilo que convencionamos chamar ética se postam do lado contrário do que já estiveram no exercício de suas funções, ou que identificamos por seus discursos passados.

Nesses tempos de algo que um dia ouvi falar e hoje tenho plena certeza de sua realidade, a era da inteligência invertida (*), ainda me espanto e até me decepciono quando identifico esses “papas”.

Acompanhando os desdobramentos do Congresso Nacional, especificamente o caso do contraventor Carlinhos Cachoeira, acusado de envolvimento em atos de corrupção em diversos estados brasileiros, chamou-me a atenção e me fez refletir sobre tudo que está nas linhas anteriores, ganância, inteligência invertida, guerra, a declaração do seu advogado, ninguém menos que um dos “papas” do direito Marcio Tomaz Bastos, que outrora foi o Ministro da Justiça do nosso País. Bastos, do alto de seus 76 anos, 52 de profissão que certamente não precisaria da causa milionária, disse: “Sua função consiste em ser, ao lado do acusado, inocente ou criminoso, a voz dos seus direitos legais.” E também invocou o próprio código de ética da profissão de advogado que define como direito e dever deste profissional “assumir a defesa criminal, sem considerar a sua própria opinião sobre a culpa do acusado”.

Sendo assim diz o criminoso para a vítima diante do inevitável disparo de sua arma de fogo:

“EU SÓ APERTO O GATILHO; DEUS É QUEM DECIDE SOBRE A VIDA”




(*) Era da inteligência invertida é o tempo onde os homens usam toda a sua capacidade de raciocínio apenas para produzir benefícios pessoais, praticando toda sorte de ilícitos visando somente o poder, sua satisfação pessoal, em detrimento de tudo mais que esteja à sua volta.




Obs.: O valor cobrado por Bastos para defender Cachoeira é de R$15.000.000,00 (quinze milhões).




Ernesto Teixeira – A voz da Fiel

Torcedor corinthiano; sócio, intérprete e compositor da Gaviões (8.005); sócio do Corinthians (305.216); idealizador do Comitê de Preservação da Memória Corinthiana (CPMC); colaborador da Rádio Coringão.

Formado em Gestão Desportiva e de Lazer pela Faculdade Drummond

Um comentário:

  1. Marcio Tomaz Bastos é o mesmo que defendeu o Ceará, envolvido no assassinato do estudante chines na piscina da USP

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