domingo, 12 de agosto de 2012
AOS PAIS EM TODAS AS SUAS FORMAS
Hoje é o dia em que comemoramos o dia dos pais. Na verdade hoje é a data que simboliza o aspecto comercial em homenagem ao termo PAI, que assim como mãe, também tem apenas três letras, mas um significado e importância que vão além da mais fértil imaginação.
Cada um de nós provém de uma relação entre um pai e uma mãe. A mãe também tem o seu dia nesse calendário comercial. Mas tanto o Pai como a mãe, sabemos estão presentes em todos os dias da nossa vida, desde a hora que aparecemos para o mundo.
Parei uns instantes essa manhã assim que acordei e me coloquei a pensar em algo que pudesse escrever e a primeira coisa que me veio à mente foi às diversas forma que a palavra pai pode se apresentar diante de nós:
Pai, o nosso genitor.
Pai, gíria que utilizamos quando nos dirigimos a alguém que temos respeito, por uma questão de hierarquia. É assim que os colaboradores do departamento social dos Gaviões chamam o Denis.
Pai d’égua, expressão usada principalmente no nordeste para designar alguém bom, que se destaque de alguma forma.
Pai dos Burros, uma referência ao dicionário, a quem recorremos quando buscarmos a grafia ou significado de uma palavra.
Pai, no aspecto religioso nos referindo a Deus, a quem buscamos quando estamos diante de alguma necessidade.
Pai de Santo, também na esfera religiosa, denominação dada aos líderes dos terreiros.
Nessa reflexão também me veio à mente algumas canções que hoje certamente estão sendo executadas em diversos meios de comunicação:
Pai, você foi me herói... Uma música interpretada pelo Fábio Junior.
Outra canção é uma do Perícles, onde ele canta com o seu filho.
Mas a que me toca mesmo é a música Espelho, que até hoje não aprendi cantar, que ouvi e continuo ouvindo na voz do saudoso João Nogueira.
http://letras.mus.br/joao-nogueira/376462/#selecoes/97617/
Nessa obra o poeta fala do Pai como Espelho para sua formação. Afinal quem é que não teve o pai como espelho? E na ordem natural da vida os pais se vão primeiro que os filhos e tantas vezes imaginamos o que pensaria o nosso pai de onde está --- para aqueles que já não tem mais o pai nesse plano.
Mas gostaria aqui de deixar um agradecimento não apenas àqueles que são pais no sentido biológico. Nesse pensamento, além dos ensinamentos do meu próprio pai, que já não está aqui e de quem guardo exemplos de disposição ao trabalho, de conselhos para se preparar para o mundo, que foi o maior incentivador do meu dom, matriculando-me em escola de música quando eu ainda tinha pouca idade. Ah se eu tivesse ouvido e seguido seus conselhos na forma como ele gostaria!!! Mas...
Quero também prestar uma homenagem, ou mesmo fazer um simples agradecimento a todos os pais que encontramos durante a nossa caminhada, independente da idade que temos.
O primeiro é o seo Oliveira, um contador, mesma profissão de meu pai, que depois também se formou advogado, que me orientou em meu primeiro emprego em escritório. Antes eu havia trabalhado como feirante. Na Consultec, o seo Oliveira, pai também --- me lembro de dois filhos dele: uma moça e um menino, me levava para aprender o serviço de pagamento de contas em bancos lá na região de Pinheiros. Nas nossas caminhadas entre um banco e outro ele me ensinava que nunca era perder tempo se ao passar em frente a uma igreja entrar, agradecer e pedir proteção a Deus.
Fiquei pouco tempo na Consultec, de onde saí por ter sido acometido por uma pneumonia. Nunca mais encontrei o seo Oliveira, mas desejo de coração que ele esteja curtindo sua aposentadoria na mais plena paz.
Tive ainda outro patrão que também posso considerar um Pai. O jornalista Cláudio Amaral, da Comunic, onde dei os primeiros passos no verdadeiro jornalismo. Além dos conhecimentos da área, ele também se mostrou sempre preocupado com a minha formação, financiou cursos e investiu na minha formação. Hoje o Cláudio está em Ashburn, Virgínia, EUA.
Outros pais passaram pela minha vida, me orientaram, me deram conselhos, brigaram comigo e por mim. O Robson Romeiro Prieto, o Nenê, com quem fui aos meus primeiros jogos do Corinthians; o José Ribamar, o Índio, também amigo do Nenê e parceiro de jogos; o Edmar Bernardes, o Gordo dos Gaviões, o Roneibo Mendes, o jogador, também dos Gaviões; o Roberto Carlos Alves Borges, também dos Gaviões. Nos Gaviões onde vivo desde os 13 anos, encontrei muitos pais.
Por que digo que considero como pais? Simples, se o papel do pai é orientar, é educar, todas essas e muitas outras que por falha da memória deixo de citar, em algum momento crucial da minha formação de deram um bom conselho ou evitaram que eu me metesse em alguma enrascada.
Alguns se postaram diante de portas e impediram que eu as abrisse. Nesse sentido jamais esquecerei o Edmar Bernardes, que numa caravana ao conversar comigo mostrou-me um grupo de pessoas consumindo psicotrópicos e foi enfático: se eu te pegar envolvido nisso te quebro! E olha que ele era forte! Valeu paizão! Que Deus o tenha ao seu lado!
Lógico, não posso de deixa de falar do meu avô Joaquim, o pai da minha mãe. Mas esse nem vou dar exemplo, pois o avô é mesmo um segundo pai e é tão bom ou melhor, pela experiência em duplicidade, que o nosso verdadeiro.
Com a vivência que a vida nos dá digo que também temos por obrigação ser o pai de muitas pessoas que cruzam o nosso caminho.
Também sou pai biológico e tenho me esforço para estar criando bem os meninos Thiago e Matheus. Tudo que faço foi com base no aprendizado que todos os que estão presentes ou se passaram pelo meu destino.
PAI CORINTHIANS!
Ernesto Teixeira – A voz da Fiel
Torcedor corinthiano; sócio, intérprete e compositor da Gaviões (8.005); sócio do Corinthians (305.216); suplente a conselheiro do Corinthians; idealizador do Comitê de Preservação da Memória Corinthiana (CPMC); colaborador da Rádio Coringão;
Formado em Gestão Desportiva e de Lazer pela Faculdade Drummond
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